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pa_leio #22 - 20 de Janeiro de 2007
As velas ardem até ao fim - Sándor Márai

Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...

Essential

Depois de 6 longas semanas e 450 pequenas páginas, dia 16 de Dezembro finalmente falaremos sobre o crime do Padre Amaro. Guardemos as opiniões para essa altura. Por agora venho só deixar uma sugestão para todos os mais resistentes à leitura mas que têm (como é natural!) um desejo profundo de começar a participar no pa_leio, se possível já neste mês de Dezembro.

Lembram-se daqueles resumos (ranhosos) de grandes obras das Edições Europa-América? Sim, amarelos e pretos, esses mesmos. Não tem nada a ver!
Sabem aquelas versões de "tudo aquilo que precisa saber sobre..", que se resumem ao essencial e sem pormenores superfluos? Assim é no "há sempre um livro" de Cláudia Sousa Dias que resume livros como ninguém: brilhantemente!
Vale mesmo a pena espreitar o que ela tem escrito sobre tantos livros nossos conhecidos e outros nem tanto assim.

Para este próximo livro garanto-vos "Muito Bom" na vossa participação se até lá se prepararem lendo o "Essential of Crime do Padre Amaro"! Bom estudo :P

O Presente

(Já sabes o que é o Presente. Já sabes onde o encontrar. E já sabes como é que ele te pode fazer ter mais sucesso e ser mais feliz. Conhecia-lo melhor quando eras mais novo. Simplesmente, esqueceste-te.

O presente não é o passado nem é o futuro. O presente é o momento presente! O presente é agora!

Mesmo nas situações mais difíceis, quando te concentras naquilo que corre bem no momento presente, sentes-te mais feliz, e isso dá-te a energia e a confiança necessárias para lidares com aquilo que corre mal, hoje.

Estar no presente significa desligar-se de todas as distracções e prestar atenção àquilo que é realmente importante, agora. Crias o teu próprio presente com base naquilo a que prestas atenção agora.

É difícil ficar livre do passado se não aprendemos com o passado. Assim que aprenderes a libertar-te do passado melhorarás o presente.

Sempre que estiveres infeliz com o presente ou sentires que não estás a ter sucesso, é porque tens de aprender com o passado ou planear o futuro.

Analisa o que aconteceu no passado. Aprende algo de importante com isso. Usa o que aprendes para melhorar o presente.

Não podes mudar o passado, mas podes aprender com ele. Quando surgirem situações semelhantes, podes agir de forma diferente e gozar um presente mais feliz e mais bem sucedido.

Ninguém pode prever ou controlar o futuro. Mas quanto mais planeares o que queres que aconteça, menos ansiedade sentirás no presente e melhor conhecerás o futuro.

A partir de hoje, vou imaginar como será um futuro maravilhoso. Vou criar um plano realista para fazer com que aconteça. Vou pôr o meu plano em prática no presente.

A maneira como agimos depende do objectivo que temos. Quando queremos ser mais felizes e ter mais sucesso, temos de estar no presente. Quando queremos que o presente seja melhor do que o passado, temos de aprender com o passado. Quando queremos que o futuro seja melhor do que o presente, temos de planear o futuro.

Quando vivemos e trabalhamos com um objectivo em vista, e fazemos o que é importante no presente, tornamo-nos mais capazes de liderar, gerir, apoiar, fazer amigos e amar.

Ter sucesso significa tornar-se a pessoa que se é capaz de ser. E atingir objectivos nobres. Cada um de nós define o sucesso por si próprio.)


O meu pai sabe que eu não alinho muito em livros de "autoajuda" mas mesmo assim deu-me O Presente. E eu li. Todo.

Como conseguiu? Mandou-me numa manhã sonolenta de verão, de férias, para uma repartição da Segurança Social, tratar de papeladas da minha irmana!

Agora que penso.. Qual terá sido o raciocínio?
"leva O Presente porque vais à segurança social"
ou
"vai à segurança social porque tens O Presente para ler"?

Não sei.. mas também vocês o leriam todinho se lá estivessem!

pa_leio #21 - 16 de Dezembro de 2006
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós


“(...) Amaro achava aquelas unhas admiráveis, porque tudo que era ela ou vinha dela lhe parecia perfeito: gostava da cor dos seus vestidos, do seu andar, do modo de passar os dedos pelos cabelos, e olhava até com ternura para as saias brancas que ela punha a secar à janela do seu quarto, enfiadas numa cana. Nunca estivera assim na intimidade de uma mulher. Quando percebia a porta do quarto dela entreaberta, ia resvalar para dentro olhares gulosos, como para perspectivas de um paraíso; um saiote pendurado, uma meia estendida, uma liga que ficava sobre o baú eram como revelações da sua nudez, que lhe faziam cerrar os dentes, todo pálido.(...)”

Procura-se

Ando à procura ("de ti Senhor.." private) dos meus livros:
"A musica do acaso" - Paul Auster
"Mariana" - Catherine ..
Aceitam-se pedidos de desculpa ("desculpaaaaaa, era eu q o tinha"), desde que acompanhados do próprio livro!

Daqui para a frente o problema está resolvido: criei uma listinha de todos os livros que estão emprestados e a quem! If you don't mind..

É panca! Só pode.

Chegou o momento. É hoje que eu me debruço, à seria, sobre este assunto e admito algo de peculiar que me aflige: eu não suporto a mínima dobra em tudo o que é papel!
Desde um pequeno canto dobrado, a uma mão pouco jeitosa que vinca a folha mal lhe pega, àquelas dobras propositadas e sem critério, a meio e depois novamente a meio (quer dizer, tudo menos a meio) das folhas.
Desde o mais insignificante recibo que sei que vai para o lixo (ecoponto, pois claro) nos próximos 5 minutos, ao meu mais estimado livro.
Livro com cantos ou a própria capa dobrada é o seu assassinato! É qualquer coisa que me provoca mal estar geral, suores e culmina em pânico. Olhando para as minhas estantes não se percebe que livros é que já li (e eu tenho orgulho nisso)! Em contrapartida, para minha tristeza profunda, facilmente se percebe que livros é que já emprestei (o que também não quer dizer que eu não os empreste). Tenho emprestado muitos e as marcas vão ficando :S
Não se ponham para aí a imaginar que pego nos livros com a ponta dos dedos, que os abro num ângulo inferior a 90º e que nem sonho em sair de casa com qualquer um deles... nada disso! Praticamente não saio de casa sem um livro, levando-os para todo o lado (incluindo praia), mexo e remexo neles com todos os dedos que tenho e por vezes até os leio em cima da mesa, quase espalmados (nessas circunstancia tenho cuidado para não dobrar a lombada!).

Podem rir, gozar, ridicularizar! Este tema já há muito que é falado e comentado entre amigos, que no auge da sua histeria até DOBRAM só para me irritar! Não cito nomes.. eles bem sabem quem são!

Enfim, decidi falar sobre isto porque, às vezes, também me apercebo do exagero. Mas é mais forte do que eu e não me tou a ver a ultrapassar isto.
Basicamente imagino me Ricardo Araujo Pereira, tipo: "ei pessoal, eu não aguento papel dobrado" e eles "epa, isso é panca!", e eu "So pode :S", querem ver:

-ei pessoal, eu não aguento papel dobrado..
-epaaaaa, isso é panca!
-so pode..

Cão como nós

Nunca tive um cão.
Tenho medo dos cães quando não os conheço.
Nunca dediquei muita atenção a animais.
Tenho um gato há 15 anos.
Às vezes parece que não me lembro que o tenho.
Às vezes dou por mim a apreciar a companhia que ele me faz.
Gosto do meu espaço e do espaço dele, respeitamo-nos muito nisso.
Não tenho muita paciência para conversas sobre animais "ai o meu gato faz isto" "mas o meu ainda faz aquilo" "e o piriquito!..."


O Manuel Alegre dedicou um livro inteirinho para falar do seu cão, o Kurika. E tanto que eu gostei de ler as aventuras do Kurika, as alegrias que deu, as saudades que ainda hoje todos têm dele.
Entendida que não sou em comportamento e psicologia animal, não o poderei comparar a nenhum outro. Limito me a acreditar e a absorver as palavras do seu dono: "Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós."


Uma dica:
Para os preguiçosos, desmotivados ou sem-tempo para leituras, este é o livro que precisam! Quando lhe pegamos só o largamos depois de lido. O tempo que se demora é variável, no minimo 40 minutos (para o ler uma vez) até ao máximo de 400 minutos (para o ler repetidamente).


N.1




Que bem que me vai saber dizer isto:

Nicholas Sparks não presta!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não há coisa mais lamechas, mais previsível, mais básica e monótona que qualquer romance que este autor nos ofereça. Alguns livros são bestsellers, alguns livros passaram a filmes, não interessa!

E eu posso dizer isto com conhecimento de causa, ora vejam os livros que já li dele:
As palavras que nunca te direi
Corações em silêncio
O diário da nossa paixão
Um momento inesquecível
Ele tem mais, mas por favor, não mos ofereçam, não me convençam, não os mencionem. Acabou-se!


Admito que existam por aí alguns fãs, a estes tenho uma palavrinha a dar: não se sintam melindrados com esta minha opinião. Para todos os efeitos neste espaço sinto me livre e vocês têm sempre o oportunidade de me contrariar com comentários. I'll be happy to "read" you!

a teoria do REJECTED

A pedido de várias famílias (vá, uma pessoa) surgiu a necessidade de criar a rúbrica do REJECTED. Aqui falaremos de livros, autores, editoras que simplesmente podemos ignorar! A sério, não percam o vosso tempo... com tanta coisa que há para fazer.


Rejeitar uma editora até parece abuso mas agora que penso.. há paí uma que eu facilmente eliminava.. any guess?

A vida não é aqui

"A poesia é um território onde toda a afirmação se torna verdade. O poeta disse ontem: a vida é inútil como uma lágrima, hoje diz: a vida é alegre como o riso, e tem razão nos dois casos. Diz hoje: tudo acaba e se afunda no silêncio, dirá amanha: nada acaba e tudo ressoa eternamente, ambas as coisas são verdade. O poeta não precisa de provar nada; a única prova reside na intensidade da sua emoção.
O génio do lirismo é o génio da inexperiência. O poeta sabe pouca coisa do mundo mas as palavras que dele jorram formam belas construções definitivas como o cristal; o poeta não é um homem maduro e contudo os seus versos têm a maturidade de uma profecia perante a qual o próprio fica interdito."

Milan Kundera tem destas coisas: observa as personagens, conta-nos as suas histórias e pára. Quando pára reflecte; quando reflecte partilha; e quando partilha questiona. Não conheço outro com este génio e por isso se torna único.

N'A vida não é aqui conhecemos as entranhas de Jaromil e com ele crescemos, aprendemos, sentimos, amamos e escrevemos. Compreendemos? Esta pergunta fica em aberto... Compreender Jaromil é saber o que é ser poeta...

"Meu amigo, você é um poeta, você é um poeta!"

... é sê-lo.

QUARTA-FEIRA, AGOSTO 09, 2006

Noite quente de verão, lua cheia e música antiga a pedir para ser re-ouvida sugeriam-me um passeio pela marginal. A A não achou boa ideia que eu fosse sozinha, agarrou noutro A e lá fomos os 3 andando, andando.
Pela marginal fora chegámos a Cascais e aí pareceu-nos mandatório correr até ao Santini. De gelados na mão e com bastante mais calma partimos pela rua fora mas o caminho não foi longo. 2 ou 3 portas à nossa frente avistámos livros. Velhinhos, baratinhos, alguns deles com cantos dobrados, para meu descontentamento. Entre as bancadas cá fora, despaxámos os gelados e subitamente estávamos lá dentro a devorar prateleiras repletas de tudo o que acabou de sair e tudo o que não imaginávamos ainda existir.
Esta visita-museo demorou-nos uma hora, custou-nos 10 livros e ainda arrisquei trazer uma sugestão que me foi dada pela senhora dona do estabelecimento. Quando estava prestes a dar por terminado o episódio pergunto à senhora:
- então, desculpe, mas onde é q estamos? que livraria é esta?
- ????? a menina não sabe onde está?? está na livraria Galileu!! nunca ouviu falar? como é que é possível? donde é q é?
- :S sou de lisboa..
- tou a ver... veio comer um gelado..
- pois...
- então tome esta flor (de plástico) e diga comigo: Galileu, livraria Galileu!
- Galileu, livraria Galileu..
- :)
Senti-me analfabeta e ignorante mas fiquei feliz pela descoberta que essa noite me reservou.
À parte de uma organização que não entendi muito bem e muitos livros que me fizeram 'espécie' pelo aspecto já lido e um pouco mal-tratado que tinham, a Galileu merece a nossa visita.
Digo mais: em Cascais mandatório não é Santini, é Galileu!!!!! pelo menos de hoje em diante!


Livro que me foi sugerido: Boquitas Pintadas, de Manuel Puig. Já tenho desculpa para lá voltar!

pa_leio # 19 - 7 de Outubro de 2006
A viagem de Théo - Catherine Clément

Descrição da editora - Deus existe? Será essa uma pergunta com ou sem resposta? O que fazem milhões de pessoas à face da Terra para crer em Deus? Deve haver uma razão! De Jerusalém a Benares, passando por Roma e Istambul, por Praga e pela Baía, por Moscovo e por Jacarta, através da Europa, da Ásia, da América e da África, o jovem Théo e a sua tia Martha vão dar a volta ao mundo das religiões para encontrar no terreno as respostas a essa questão vital. Odisseia espiritual, a viagem de Théo leva-o ao encontro de homens sábios capazes de lhe iluminar o espírito e acalmar o coração. Porque Théo tem catorze anos e está muito doente...

O Jardim das Delícias

Não é a primeira vez que venho aqui desdenhar num livro e não será com certeza a última. Não que seja essa a minha intenção, simplesmente acontece eu não gostar de alguns livros que leio e calculo que quantos mais livros leia maior a probabilidade disso acontecer.. am I right?

Então desta vez peguei em João Aguiar. Nunca tinha ouvido falar deste autor e de repente percebo que é um grande nome da praça, já com enorme lista de obras publicadas e lidas por aí. Até aqui peço desculpa pela minha ignorância..

O Jardim das Delícias pareceu me uma mistura de literatura light com ficção científica. Uma história rápida, com personagens banais, com um dia-a-dia rotineiro numa Federação Europeia que supostamente existe em meados do século XXI. Máquinas sofisticadas, altas tecnologias e teorias futuristas não se enquadram bem na minha panóplia de interesses, talvez daí o mal.. basicamente foi isso: o tema não me interessa e só li até ao fim porque não gosto de desistir de livro nenhum.. ahh e já agora: porque me foi oferido! Não fiquem preocupados, já discuti o livro com a alma querida que mo ofereceu, ta tudo esclarecido.

Alguém que me explique...







... que eu não percebi....

Ao género d'O Principezinho

em cores e design, em personagens, em história e em inocência: Nem tudo começa com um beijo, de Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira (autores vencedores do PRÉMIO DE LITERATURA GULBENKIAN 2003)

cores e design: ilustraçoes que acompanham a história, cheias de casinhas, buracos, canos e mar. evidenciam bem os diferentes espaços: Sotão e Cave.
personagens: entre muitos meninos que sobrevivem na realidade da Cave e uma menina do Sotão, as personagens principais são o Fio Maravilha e a Nuvem Maria.
história: amizade e amor, em duas simples palavras.
inocência: que aparentemente se destina às crianças, releva-se numa história para todos nós, com mensagens subtis e que nos inspiram a ir mais longe.
final: feliz! como o final que todos queremos..

O primeiro livro destas férias li no primeiro dia de praia. Que belo começo!!


pa_leio #18 - 24 de Junho de 2006
O Sangue dos Outros - Simone de Beauvoir

Descrição da editora - Uma história de amor na França da Frente Popular e da Segunda Guerra Mundial. O dilema de quem tem a responsabilidade de decidir do empenhamento e sacrifício dos outros. Uma das mais belas obras de ficção de Simone de Beauvoir.

A 76ª Feira do Livro de Lisboa...

está aí e só a dois dias do fim é que o pa_leio se digna a anunciar :S que incompetência!
De qualquer maneira espero que já lá tenham ido, tenham feito muitas aquisições ou então para eu me ficar a sentir importante e útil: ainda não tenham ido, nem sequer sabiam que a feira estava a decorrer e agora que sabem (a tempo) vão com certeza lá e vão fazer as vossas aquisições!!! É este o teu caso, nao é??!

Incompetência das incompetências: eu ainda não meti lá os pés... estive 2 ou 3 vezes com os pés lançados para dar um salto até la... não consegui...

Sugestão para 2007: irmos todos juntos em peregrinação!

Onde está a ética?

Tive de voltar atrás para mais um post.
Ao lerem o post anterior veio-vos à memória um livro chamado Ética para um jovem? É verdade, esse livro também existe, é do mesmo autor e foi escrito antes do Política. Li-o quando andava no 11ºano, com aulas de filosofia e há mais de 2 anos que o emprestei... portanto são muitas as razões pelas quais já não consigo resumir aqui um pouco do que aprendi ao lê-lo. Aliás, quase parece que nem o fiz, a julgar pelo comportamento não ético que tive esta tarde: fui à aula, assinei o ponto, estive lá uma hora, houve intervalo e vim embora 2 horas antes da aula acabar... pormenor importante: a cadeira chama-se Ética! bááááá, que vergonha de comportamento!

É caso para dizer: faz o que eu leio, não faças o que eu faço!

Que discutimos hoje?

O mundo saiu dos gonzos!
Vã fadiga a de haver nascido
com o dever de o consertar!
William Shakespeare, Hamlet

Lembram-se, em tempos, de vos ter sugerido um pouco de economia? Disse-vos que o livro era escrito para leigos curiosos e com desejos de aprender sempre qualquer coisinha sobre tudo um pouco, mais que não seja, para poder integrar uma conversa que surja. Sim, economia surge muitas vezes!
Meus caros: conversa que começa ou vai dar a economia, tráz logo outro assunto no bico e também para ele é preciso estarmos preparados. Any guess? POLÍTICA, pois com certeza! A pensar nisso fui à estante buscar um livro que já nela habita à uns aninhos.

Política para um jovem, de Fernando Savater, Editorial Presença
Assim, num ambiente familiar e de um jeito bem humorado, o autor explica-nos... jovens..., o que é a política, como surgiu, para que serve, como se organiza e como se sustenta. Aborda a democracia e o direito, a liberdade e a responsabilidade, o nacionalismo e o racismo, a igualdade e a cooperação.

Escrevo este post a pensar nos meus amigos e conhecidos, maiores e vacinados, que não estão recenseados, estão mas não votam ou votam mas não lhe reconhecem o valor. A política interessa a todos e precisa de todos! Se percebermos bem o seu propósito e nele nos interessarmos, naturalmente o "estado das coisas" se altera, melhora e progride! Já lá vai o tempo em que as pessoas se lamentavam e esperavam o regresso de Dom Sebastião....

desconhecia esta morada

o livro é pequeno, as letras grandes, os parágrafos espaçados e os capitulos (cada capitulo é uma carta) separados por folhas com desenhos de envelopes.. bem encolhidinho se calhar juntávamos tudo isto em 40 paginas. como é que com tão pouco este livro nos faz viver tanto e tão intensamente...??
Foi me oferecido no Natal passado, por uma amiga, e incrivelmente estávamos em plena época de estudos.. num meio de tarde, com frio e cansada de tanta patologia peguei neste conjunto de cartas numa de as folhear e perceber o seu contexto. Li-as todas do princípio ao fim e quando acabei estava angustiada, perplexa! Tinha passado uma hora de completo retiro do meu mundo para entrar naquele tão diferente.
A História Mundial está bem preenchida de acontecimentos marcantes, bons e maus, melhor ou pior conhecidos por nós, que nos orgulham ou nos envergonham. Podemos reflectir e aprender com eles mas é nas histórias mais simples, concretas, das pessoas mais anónimas que nos aproximamos e sentimos essas realidades, nos identificamos, nos alegramos e sofremos.
Neste livro encarnei na pele de um judeu que vê o seu amigo partir para longe. A distância física que os separa inicialmente, aos poucos torna-se numa distância abismal, de valores, de ambiçoes, de vida, tornando o outro irreconhecível, desconhecido...Desconhecido nesta morada, de Kathrine Kressmann Taylor, editora Gótica.

Que bom seria aprender toda a História com histórias em livros assim! Obrigada Jip :)

Leitora ingrata e desnaturada...pois é, infelizmente nem no comboio, nem antes de dormir...espero que passe depressa!

Onde pára a memoria?

Que situação ingrata... quero eu inspirar me sobre livros que ja tenha lido, que quero ler, que procuro ou que recordo e nao me ocorre nada. Não é que tenha lido poucos ou ate que não tenha opinião sobre eles. O problema é mesmo falta de memoria! tenha uma ideia geral dos livros, lembro me de ter adorado, gostado ou nem por isso, mas parece que não consigo escrever nada sobre eles.. Tinha ideias de comentar tudo o que era livros anteriores do pa_leio, estes que a ana tem andado a pôr em posts e não consigo!!! Como é que é possivel que não me ocorra nada sobre "a insustentável leveza do ser" ou "cisnes selvagens", esses que tanto gostei?

Agora que penso nisso acho q o problema, infelizmente, nao se limita aos livros. Dou por mim a saber quase tudo só na altura em que pego nas coisas: de medicina, de filmes, de cultura em geral.. talvez a musica seja, mesmo assim, aquilo que melhor fica na minha memoria, as letras, as vozes, a melodia. será ouvido? humm n sei n...

como é que isto se resolve? como é q posso controlar a situaçao, enquanto ela se mantem controlável? a proposito destas questoes, lembro me dum livro.. curioso! um livro velhinho, de bolso, com cheiro caracteristico e letra bem pequenina: How to improve your memory. epaaa por acaso n garanto q se chame assim... percebem o meu problema???

paizinho, mais uma vez obrigada pela biblioteca que cresce lá em casa. este livro tb é teu!

Pois é, como já devem ter reparado já temos livro para o mês que vem, agora vamos esperar que se organizem com o tempo que têm para o ler, fica aqui uma ajuda!


Boas leituras!!

pa_leio #17 - 27 de Maio de 2006
As memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar

Descrição da editora - «Memórias de Adriano» tem a forma de uma longa carta dirigida pelo velho imperador, já minado pela doença, ao jovem Marco Aurélio, que deve suceder-lhe no trono de Roma. Pouco a pouco, através desta serena confissão, suscitada pelo pressentimento de que a morte se aproxima, ficamos a conhecer os episódios decisivos da vida deste homem notável, que soube pacificar o império, tornar a sociedade romana um pouco mais justa, melhorar a sorte das mulheres e dos escravos. E que foi simultaneamente uma das mais cultas e sábias figuras do seu tempo.

Medicina e literatura

Ainda dizem que os estudantes de Medicina não vivem, não convivem, não saem de casa e não fazem mais nada senão estudar!!!! NAO ME PARECE! O que eu tenho visto é que nos últimos encontros do pa_leio a população é maioritariamente estudante de medicina e chegam aqui com os livros propostos lidos, com outros livros para sugerir e cheios de vontade de ler mais e mais.

Como forma de lhes agradecer e reconhecer o mérito (eu também me incluo nesse lindo grupo! eheh) decidi falar hoje de um livro que qualquer estudante ou profissional de medicina devia ler... pelas histórias de vida que podem servir de inspiração também para nós!
"Custei a aceitar a constatação de que muitos dos meus pacientes encontravam novos significados para a existência ao senti-la esvair-se, a ponto de adquirirem mais sabedoria e viverem mais felizes que antes, mas essa descoberta transformou minha vida pessoal: será que com esforço não consigo aprender a pensar e a agir como eles enquanto tenho saúde?"
O livro é brasileiro e pelo que sei ainda não se encontra à venda aqui em Portugal mas está para breve. Quando sair volto a dar notícias!
Obrigada Maria Inês, por mo teres oferecido!

Pa_leio #10 - 22 de Outubro
O amor nos tempos de cólera, de Gabriel Garcia Marquez

"Era inevitável: o cheiro das amêndoas amargas recordava-lhe sempre o destino dos amores contrariados."
Começo do romance..
(a gerência agradece se enviarem uma boa descriçao do livro :P)

Pa_leio #9 - 24 de Setembro
Cisnes selvagens, de Jung Chang

Descrição da editora - Combinando o intimismo da memória com o fôlego épico de um grande romance, Cisnes Selvagens conta a história de três mulheres – a própria Jung Chang, a mãe e a avó materna – cujos destinos reflectem a história tumultuosa da China do século XX. À medida que os anos passam nesta bem urdida trama familiar, vemos três vidas desdobrando-se uma após outra, através do amor, da tragédia e da renovação.

Pa_leio #8 - 25 de Junho
Crónica dos bons malandros, de Mário Zambujal

“Eis um livro ágil, hábil, matreiro, povoado de enleadoras surpresas – uma lufada de despretensão, quer na escrita, quer no recheio.”

Fernando Namora

Pa_leio #7 - 21 de Maio
Do sol, de Jacinto Lucas Pires

Descrição da editora - (...) gente que caminha nos passeios, no alcatrão, sobe escadas, desce escadas, fura edifícios enormes, gente que se move junta mas não combinada carregando pastas, sacos, carteiras, malas, com quantos objectos, quantos nomes, dentro, gente que segue sem distinções, nos dias claros e nos cinzentos, nas ruas pobres e nas outras, sob céus reais, na sua passagem precisando a cidade; eles param; não respiram, não forçam a cara, nada; tão lentos; olham-nos sustendo tudo, dá ideia, mas ao mesmo tempo entregando-se, de um modo terrível, até onde, tão quietos, o mais expostos que alguma vez estiveram e o mais próximos; Aurora, Haroldo, Marisa, Samuel, Rita, Pedro, Pim (...)

Pa_leio #6 - 9 de Abril
Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell

Descrição da editora - Segundo Orwell, «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro» é uma sátira, onde aliás se detecta inspiração swifteana. De aparência naturalista, trata das realidades e do terror do poder político, não apenas num determinado país, mas no mundo — num mundo uniformizado. Foi escrito como um ataque a todos os factores que na sociedade moderna podem conduzir a uma vida de privação e embrutecimento, não pretendendo ser a «profecia» de coisa nenhuma.

Pa_leio #5 - 12 de Março
Siddartha, de Hermann Hesse

Descrição da editora - Filho de um brâmane, desde cedo Siddhartha se destacou pela sua inteligência, a ponto de familiares e amigos lhe augurarem um futuro brilhante. Ele, no entanto, temendo pela salvação, parte, acompanhado pelo amigo Govinda, entretanto "refugiado junto do sábio Buda", ao encontro da paz espiritual.

outra...
Dentro de nós, escondidos atrás dos gestos e palavras, existem sentimentos que muitas vezes não conhecemos não sabemos qual a extensão das suas raízes nem a razão da sua origem. Assim como muitos de nós, Siddartha sai à procura do seu caminho e da harmonia interior.

Pa_leio #16 - 22 de Abril de 2006*
Crime e Castigo, Fiódor Dostoiévski

Descrição da editora - Com "Crime e Castigo", a Editorial Presença inaugura a publicação da obra de um dos maiores escritores de sempre, numa nova e critoriosa tradução, feita directamente a partir do Russo. Datado de 1866, este é o primeiro dos grandes romances que Dostoiévski escreveu já na plena maturidade literária, e, provavelmente, a mais bem conhecida de todas as suas obras.

* Este vem fora de ordem a pedido especial da Bicuka! :)
Os anteriores não estão esquecidos e aparecerão, a seu tempo...

Pa_leio #4 - 12 de Fevereiro
A insustentável leveza do ser, de Milan Kundera

Descrição da editora - «A Insustentável Leveza do Ser» é seguramente um dos romances míticos da última década, uma daquelas obras raras que alteram o modo como toda uma geração observa o mundo que a rodeia.

P.S.: Uma das descrições mais vagas e comerciais dos últimos tempos, nem sei mesmo se merece o título de descrição! Quem tenha lido faça o favor de comentar, para abrir o apetite à leitura!! =)

Pa_leio #3 - 15 de Janeiro
O livro das ilusões, de Paul Auster

Descrição da editora - Após a morte da mulher e dos filhos num acidente de avião, David Zimmer entra em depressão. Para tentar fugir ao desespero, entrega-se à escrita de um livro sobre Hector Mann, um virtuoso do cinema mudo dado como desaparecido em 1929. Publicada a obra, David aceita traduzir as Memórias do Túmulo, de Chateaubriand, e refugia-se num lugar perdido para fazer face à hercúlea tarefa que se impôs. É então que recebe uma estranha carta proveniente de uma pequena cidade do Novo México, supostamente escrita pela mulher de Hector: «Hector leu o seu livro e gostaria de encontrá-lo. Está interessado em fazer-nos uma visita?». Trata-se de uma impostura ou Hector Mann está realmente vivo?

Pa_leio #2 - 4 de Dezembro
O Deus das Pequenas Coisas, de Arundhati Roy

Descrição da editora - Um primeiro romance que mereceu imediatamente, em 1977, o "Booker Prize", o mais importante prémio literário da língua inglesa. "A qualidade do livro é tão extraordinária - é uma obra ao mesmo tempo moralmente tão intensa e de uma tal riqueza imaginativa - que o leitor permanece completamente agarrado até ao final"

Já apareceu!

É verdade, e não deixou de ser por acaso... lá estava ele, azul, na estante logo ao pé da porta da livraria!
Depois foi dar um saltinho à praia, e começá-lo!Sim, porque temos um longo mês de leitura pela frente! Infelizmente o frio que se pôs não me deixou passar do I capítulo, mas o contexto já faz parte, e agora é só dar-lhe continuidade!

Boas leituras!

mãe, as tuas lições dão frutos!

fui gerada e criada por dois economistas.. na pratica só por uma (o meu pai estraviou-se e gosta mesmo é de marketing). ao longo dos tempos tenho tido o privilégio de poder ouvir a minha mãe horas e horas a fio a expôr um assunto qq económico e não só. nem sempre corre bem.. ou pq a minha ignorância a tira de si ou porque o entusiasmo dela é tanto que às tantas não vejo fim ao discurso! o que é certo é que tenho aprendido muito e até admito muito interesse na área, alias como qualquer outra, desde que bem explicada e de forma apelativa (sim, nana, é verdade que quando interrompo o teu marranço de código civil é porque estou mesmo interessada em saber!).

a propósito deste meu interesse e de nem sempre conseguir arrancar definiçoes básicas ou ideias simples dessas lições económicas caseiras, segui um sugestão do meu pai e parti para a leitura de João Cesar das Neves na sua vertente de professor de economia. tendo ja lido muitos livros dele a propósito de fé e religião católica, dos quais gostei muito, as espectativas eram altas! e ele não me desiludiu!! sim senhor, assim numa de explicar economia para leigos, mas leigos mesmos, o livro ta excelente!!!!! aproveito para publicitar o livro e encorajar todos aqueles q no fundo, no fundo, admitem nao perceber nada de economia.. como eu! quer dizer, agora ate consigo falar sobre isso durante paí.... hummm... 5 minutos! nada mau!


O que é a economia?, de João César das Neves, editora Principia. Enjoy!

a todos vocês:

ana, ana rosa, carlota, daniel, fernando, frederico, gonçalo, inês, isabel, joana, jerónimo, charrua, maria inês, susana, maria teresa, miguel m., miguel p., patrícia, rita, sara, sofia, sónia, susete e tiago...

muito obrigada pelo vosso contributo! keep the club alive!

Pa_leio #1 - 13 de Novembro de 2004
Rodrigues, o Intérprete - Michael Cooper, S. J.

"As opiniões de Rodrigues na questão de terminologia, conforme manifestadas na sua carta de 1616, são aqui expostas com certo detalhe porque o problema iria ocupar a sua atenção e provocar reacções suas até ao final da sua vida. O ponto central do problema não dizia tanto respeito ao que era ensinado pelos missionários, pois não havia qualquer desinteligência sobre doutrina católica como tal; a disputa centrava-se à volta de como estes ensinamentos deviam ser transmitidos na língua chinesa. Numa primeira impressão parece tratar-se meramente de como traduzir termos europeus numa língua asiática, e sem dúvida não existiam grandes dificuldade nas conversas de todos os dias. As palavras são, no fim de contas, meros sons convencionalmente usados para exprimir objectos ou conceitos. Como muitos dos objectos concretos são comuns às experiências de asiáticos e europeus é relativamente fácil evitar mal entendidos quando se usa uma língua para descrever coisas materiais. Mas surgem rapidamente dificuldades quando se pretendem exprimir conceitos abstractos num idioma estranho"

Michael Cooper, S. J., Rodrigues, O Intérprete, Um Jesuíta no Japão e na China, tradução de Tadeu Soares, Quetzal Editores, Lisboa, 1994, pp. 291.

Descrição da editora - Dificilmente se pode encontrar uma história mais interessante que a narrativa (elaborada a partir das cartas dos jesuítas e de fontes japonesas) da vida destes estrangeiros no seio exótico de uma corte longínqua, admitidos no círculo íntimo de um autocrata poderosos, observando de perto e tomando mesmo parte em acontecimentos extraordinários.

Está tudo explicado, assim surgiu o pa_leio, numa tarde solarenga de conversas animadas... O blog surgiu numa noite, sem sol, mas com outras estrelas, que são presença mais habitual nas reuniões do Pa_leio. Pois é, o Pa_leio reúne de noite, às 9.30h, aos Sábados, regra geral para os lados de Carnaxide, e quanto a logística será talvez tudo o que importa dizer.
Pensei que era importante deixar para a história as estórias que por lá passaram, e que eu (que só encontrei o pa_leio há um mês) como muitos de vocês, que se calhar ainda não chegaram mas que vêm a caminho, não lemos. Uma forma de imortalizar essas reuniões e perceber que tipo de livros por lá se leram. Assim, em cada post podiamos deixar comments sobre os livros, ou sobre a reunião, ou sobre o que nos apetecesse!

Mãos à obra então?...

Achados e Perdidos! Em busca do I Volume!

Hoje apeteceu-me dar uma volta pela Baixa depois das aulas, que é coisa que sendo costume de outros tempos, eu já não fazia há muito tempo... e assim lá ia eu pardalita, como quem vai para sítio nenhum, quando vi a uns metros a tenda da Feira do Livro Manuseado. Na altura não me lembrei de nenhum livro específico, apesar de uns minutos antes ter descoberto que o Crime e Castigo que pensava pedir emprestado, repousava em terras loletanas! Pois é, lá estava eu algures naquela tenda, quando me lembrei do nosso Dostoievski... 'com sorte ainda o encontro por aqui!'. E lá estava ele, algures entre aquela malga de clássicos, aqueles assim de capa dura, tecido, pele, azul, vermelho, verde...letras douradas, dá para ver? Só sei que só uma histeria tão grande como a que se instalou, associada à minha indiscutível condição de pisciniana poderiam explicar o que se passou a seguir. Lá ia eu vitoriosa, depois da excelente compra (e entenda-se por excelente compra o facto de ter sido não só um achado como ainda por cima barato!) com o livro debaixo do braço, quando reparei que não era assim tão grande, deixa cá ver... 500 e tal páginas, como já imaginávamos! Mas a relação número de páginas com proporção não soava a conta certa, e num gesto automático abri no início do primeiro capítulo, 4º Parte???? Ai... Capa...Crime e Castigo II !!! E foi assim, o único Dostoievski da feira era precisamente o tão procurado Crime e Castigo, só que o II Volume a começar na página 300 e qualquer coisa. Lá voltei à feira, e depois de muitas tentativas de resolução do problema em conjunto com os dois vendedores lá me fiquei com o já inseparável II Volume, e com a esperança de encontrar o I... Sim porque isto de um II Volume sem o I, é pior do que um I sem o II! Entretanto a minha urgência aparente, acabou por dar a conhecer o pa_leio a um dos vendedores! (Obrigada pela ajuda, fico à espera de notícias da Feira do Livro Manuseado!) E quanto ao I Dostoievski... acredito que o vou encontrar assim por acaso como ao II, ou então não... de qualquer das formas espero que não demore muito a aparecer!

o blog tá criado! e a reponsabilidade é em parte minha...
como um filho que vai crescendo, vai aprendendo, vai vivendo por si, que tem vida propria por muito q os pais desesperem com a perspectiva de o ver aos poucos mais solto e livre, assim tem sido com o pa_leio. foi concebido numa tarde de sol, teve uma gestaçao de 2 meses (nada prematuro, por sinal) e em novembro (2004) já tava cá fora: com 12 pessoas a apostar nesta vida, a felicitá-la e a assumir o compromisso de a ajudar a crescer!!

mtas pessoas já se juntaram entretanto, vêm, vão, trazem amigos, sugestões e livros lidos.. nenhum encontro se repete, nenhum grupo de pessoas se repete e muito menos os livros e as histórias que estes contêm.
ainda mais extraordinário é ver o clube crescer para lá do nosso alcance. ha sempre os q não liam e agora ja se aventuram, os que estao sempre atrasados mas q mesmo assim arriscam e os que não conhecemos de lado nenhum mas que se juntam a nós em espírito, com o mesmo livro nas mãos!

ontem o pa_leio, ja com 16 meses, surgiu com mais uma novidade: um blog! nos dias que correm admito que o clube já estava a precisar de uma coisa destas mas faltava o impulso! a ideia veio da teresa, a iniciativa da ana e eis-nos aqui! mangas arregaçadas e maos à obra! que este blog seja a continuaçao do sucesso deste clube.. ah mas já agora: q não substitua os encontros, nem os livros, a combinaçao destes são o verdadeiro motivo pelo qual o pa_leio existe: para estarmos juntos!

Um fim de semana que vai ficar para a história não é? Ora estávamos nós estendidas sem fazer nenhum, depois do mega almoço preparado pela Tia São...e a ver se o sol fazia alguma coisa pela nossa escualida cor, quando adormecemos... só sei que a conversa que se seguiu foi mais do que simples paleio, o que fora aqueles momentos em que nos pomos a questionar tudo, ao jeito do Kundera, é coisa rara de acontecer. Sim, porque temos sempre mil ideias, mas que acabam sempre por ficar por aí, ou nem sempre. Só sei que quando demos por nós, já ninguém nos calava com o tal clube de leitura, necessidade iminente! Numa tentativa entusiástica de definir tudo, ao mais infímo pormenor, sim porque desta vez 'é mesmo'! 2 reuniões, e umas conversas nos intervalos, e a coisa começou a existir não só nas nossas cabeças..."E o nome Tereset?" - "Não sei...tem que ser hoje, à noite hei-de me lembrar!"- e foi mesmo nessa noite...inspiração divina! As palavras vão ganhando sentido, quando passam a fazer parte de nós. Pensamo-las e dizemo-las, até que a sensação de estranheza do início, perante um novo nome, deixa de existir. Agora tal como o nome, o clube já faz parte não é Filips? Obrigada a todos os que já foram, a todos os que não foram mas que fazem parte directa ou indirectamente do processo, à Ana Rosa, eterna membra honorária, pela ideia partilhada, e por nos ter lido o Cão como Nós, e a ti sócia de sempre: fico orgulhosa por não ter sido só "paleio"!

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