Que discutimos hoje?

O mundo saiu dos gonzos!
Vã fadiga a de haver nascido
com o dever de o consertar!
William Shakespeare, Hamlet

Lembram-se, em tempos, de vos ter sugerido um pouco de economia? Disse-vos que o livro era escrito para leigos curiosos e com desejos de aprender sempre qualquer coisinha sobre tudo um pouco, mais que não seja, para poder integrar uma conversa que surja. Sim, economia surge muitas vezes!
Meus caros: conversa que começa ou vai dar a economia, tráz logo outro assunto no bico e também para ele é preciso estarmos preparados. Any guess? POLÍTICA, pois com certeza! A pensar nisso fui à estante buscar um livro que já nela habita à uns aninhos.

Política para um jovem, de Fernando Savater, Editorial Presença
Assim, num ambiente familiar e de um jeito bem humorado, o autor explica-nos... jovens..., o que é a política, como surgiu, para que serve, como se organiza e como se sustenta. Aborda a democracia e o direito, a liberdade e a responsabilidade, o nacionalismo e o racismo, a igualdade e a cooperação.

Escrevo este post a pensar nos meus amigos e conhecidos, maiores e vacinados, que não estão recenseados, estão mas não votam ou votam mas não lhe reconhecem o valor. A política interessa a todos e precisa de todos! Se percebermos bem o seu propósito e nele nos interessarmos, naturalmente o "estado das coisas" se altera, melhora e progride! Já lá vai o tempo em que as pessoas se lamentavam e esperavam o regresso de Dom Sebastião....

3 comentários:

ah pois maninha!!!! acho muito bem que recomendes o voto, para além de um direito deve ser um dever! quem se queixa que tenta mudar alguma coisa, e o voto vale mais que meter-se aos berros com os politicos!

boa! no verão trago-o comigo!

8:55 da manhã  

...epa... isto trazia uma grande conversa.. mas apesar de concordar em parte e em consciência, no íntimo (bem lá no fundo da psique) existe um pequeno personagem de seu nome "Migas", que na sua rebeldia característica de alguém que habita nas profundezas da mente, por vezes se escapa e tolda o pensamento de forma a deixar dúvidas... dúvidas que no fundo se revelam poderosas por nos permitirem à divagação..
E a divagação é a seguinte: na democracia actual, nos moldes em que é "praticada", não noa é imposto alguém para ocupar o cargo do "nosso" governo, mas também o contrário (em plena verdade e no verdadeiro sentido do conceito democrático) não parece acontecer... isto é.. é-nos imposta uma restrita lista de candidatos entre os quais somos moralmente obrigados a escolher a dita cabeça de cartaz.... posto assim a democracia que nos é apresentada não parece tão atractiva.... ora existe sempre o voto em branco em sinal de protesto! é não é? A resposta é triste: já nem isso vale.... e o verdadeiro argumento disso é que os resultados dos actos eleitorais raramente dão espaço ou apontam os "holofotes" (e leia-se luzes televisivas e afins) para esses números... Hão-de reparar....
por esses motivos o Migas (que agora confesso ter escapado da masmorra em que o encerro e ter tomado temporariamente conta da sala do trono) diz-me que só a abstenção é agora tomada a sério, como mostra da indiferença\descontentamento da população em geral....

.....mas este assunto ainda dava para muito barulhinho de teclas....


....ah!! e não se preocupem..... já pedi reforços no esforço de voltar a controlar o meu baluarte...
(e só faltei ainda a uma eleição.. gripe!!!)



Migas

10:42 da tarde  

Na edição do jornal Público de 25 de Abril de 2004, no Suplemento Especial, vem impresso um artigo de opinião por Pedro Magalhães intitulado "Teorias da Democracia".

Este artigo aparece em parte como comentário aos resultados de uma sondagem encomendada à Universidade Católica pelo Público para determinar o modo como os portugueses vêm a Democracia. Os resultados indicam que pelo menos 2/3 dos portugueses preferem a Democracia a qualquer outro regime político, em qualquer circunstância. No entanto, quase 60 por cento está pouco ou nada satisfeito com a Democracia em que vivemos. E, como diz Pedro Magalhães: "(...) Há já estudos que demonstram que o sentimento de insatisfação democrática tem vindo a crescer em Portugal na última década e meia, independentemente dos governos ou dos contextos económicos concretos. Por outras palavras, ao passo que a legitimidade da democracia deixou de estar em causa para os portugueses, o mesmo não sucede com a sua qualidade. (...)"

acho que é um bom argumento para o post anterior....

9:39 da manhã  

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