QUARTA-FEIRA, AGOSTO 09, 2006

Noite quente de verão, lua cheia e música antiga a pedir para ser re-ouvida sugeriam-me um passeio pela marginal. A A não achou boa ideia que eu fosse sozinha, agarrou noutro A e lá fomos os 3 andando, andando.
Pela marginal fora chegámos a Cascais e aí pareceu-nos mandatório correr até ao Santini. De gelados na mão e com bastante mais calma partimos pela rua fora mas o caminho não foi longo. 2 ou 3 portas à nossa frente avistámos livros. Velhinhos, baratinhos, alguns deles com cantos dobrados, para meu descontentamento. Entre as bancadas cá fora, despaxámos os gelados e subitamente estávamos lá dentro a devorar prateleiras repletas de tudo o que acabou de sair e tudo o que não imaginávamos ainda existir.
Esta visita-museo demorou-nos uma hora, custou-nos 10 livros e ainda arrisquei trazer uma sugestão que me foi dada pela senhora dona do estabelecimento. Quando estava prestes a dar por terminado o episódio pergunto à senhora:
- então, desculpe, mas onde é q estamos? que livraria é esta?
- ????? a menina não sabe onde está?? está na livraria Galileu!! nunca ouviu falar? como é que é possível? donde é q é?
- :S sou de lisboa..
- tou a ver... veio comer um gelado..
- pois...
- então tome esta flor (de plástico) e diga comigo: Galileu, livraria Galileu!
- Galileu, livraria Galileu..
- :)
Senti-me analfabeta e ignorante mas fiquei feliz pela descoberta que essa noite me reservou.
À parte de uma organização que não entendi muito bem e muitos livros que me fizeram 'espécie' pelo aspecto já lido e um pouco mal-tratado que tinham, a Galileu merece a nossa visita.
Digo mais: em Cascais mandatório não é Santini, é Galileu!!!!! pelo menos de hoje em diante!


Livro que me foi sugerido: Boquitas Pintadas, de Manuel Puig. Já tenho desculpa para lá voltar!

pa_leio # 19 - 7 de Outubro de 2006
A viagem de Théo - Catherine Clément

Descrição da editora - Deus existe? Será essa uma pergunta com ou sem resposta? O que fazem milhões de pessoas à face da Terra para crer em Deus? Deve haver uma razão! De Jerusalém a Benares, passando por Roma e Istambul, por Praga e pela Baía, por Moscovo e por Jacarta, através da Europa, da Ásia, da América e da África, o jovem Théo e a sua tia Martha vão dar a volta ao mundo das religiões para encontrar no terreno as respostas a essa questão vital. Odisseia espiritual, a viagem de Théo leva-o ao encontro de homens sábios capazes de lhe iluminar o espírito e acalmar o coração. Porque Théo tem catorze anos e está muito doente...

O Jardim das Delícias

Não é a primeira vez que venho aqui desdenhar num livro e não será com certeza a última. Não que seja essa a minha intenção, simplesmente acontece eu não gostar de alguns livros que leio e calculo que quantos mais livros leia maior a probabilidade disso acontecer.. am I right?

Então desta vez peguei em João Aguiar. Nunca tinha ouvido falar deste autor e de repente percebo que é um grande nome da praça, já com enorme lista de obras publicadas e lidas por aí. Até aqui peço desculpa pela minha ignorância..

O Jardim das Delícias pareceu me uma mistura de literatura light com ficção científica. Uma história rápida, com personagens banais, com um dia-a-dia rotineiro numa Federação Europeia que supostamente existe em meados do século XXI. Máquinas sofisticadas, altas tecnologias e teorias futuristas não se enquadram bem na minha panóplia de interesses, talvez daí o mal.. basicamente foi isso: o tema não me interessa e só li até ao fim porque não gosto de desistir de livro nenhum.. ahh e já agora: porque me foi oferido! Não fiquem preocupados, já discuti o livro com a alma querida que mo ofereceu, ta tudo esclarecido.

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